29 setembro 2007



a noite chega de comboio.
sou um astro sem brilho neste cais
onde espero há vinte e quatro horas
que não voltes mais.

--

um dia virei
colado a um verso, embrulhado
numa folha, dobrado
a um canto,

para que os teus lábios
me ciciem, os teus olhos
me beijem

e eu não saiba

e eu não sinta.


albano martins

1 Comments:

Blogger Mateso said...

É por demais lindo este poema , sobretudo os três primeiros versos.
Obrigada.
Beijinho

sábado, setembro 29, 2007 10:22:00 da tarde  

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