20 novembro 2007

no meio das aulas de ocasião, intervalo very professional, adornado por bolinhos, cházinhos, cafézinhos. mordomias simpáticas às 8 da noite, ainda que no fundo do fundo saibamos que tudo é uma quase encenação.
no meio do enxame de pós-graduandos, rápido como uma seta, um vulto parece dissimular-se e, enquanto o outro esfrega um olho, tira uma mã-cheia de bolachas.
impossível não reparar no porte alto mas frágil. cheira à légua a dificuldades. um daqueles estudantes.. a quem a vida cobra os seus juros.
e assim a aula ficou diferente.

nunca seremos todos iguais (mesmo que com aspas) e isso, em certos dias certeiros, dói.

se te apanho, vida malvada, atiro-te, como o poeta, direito ao coração.