26 dezembro 2007

em 2007 eu aprendi que em 2006 não tinha aprendido

post publicado há sensivelmente um ano:


em 2006 eu aprendi (vol.I)

que as metáforas são um perigo. podemos viver de metáforas em sentido literal, mas sem alegria literal. ou melhor, podemos ser felizes metafóricamente - o que é uma forma literal de se ser 'a-feliz'.

que a 'salvação' raramente nos bate à porta, por interposta pessoa. a via-sacra é nossa e o caminho só nós o podemos percorrer. os amigos são os pontos de apoio, as boxes, as áreas de serviço do nosso contentamento.. mas o piloto somos nós, haja ou não co-piloto, roadmap ou gps (normalmente não há).

que a grandeza se vê muito mais nas coisas pequenas do que através de gestas heróicas e actos de bravura.

que o amor (em sentido estrito) continuará a ser o segundo maior mistério. e que o primeiro é o AMOR (em sentido amplo).

que quem cita outrém frequentemente, está a precisar de saltar para o palco mais vezes. não obstante serem bons conversadores e sujeitos com perspectiva, urge saberem que há mais vida para além da citação grandiloquente. - estou-me a citar.

que o vencedor nunca é óbvio. a bola é mesmo redonda, são mesmo onze de cada lado, o jogo termina mesmo só no fim. (e que para o ano há mais.)

que nem sempre estamos à altura da nossa biografia; e que nem sempre a nossa biografia está à nossa altura.

que continua a ser possível fazer diferença. e isso faz a diferença.

que o azul é a cor dos deuses e a poesia a sua voz.

que a música salva. salvo erro.

que as saudades são aquilo que não devemos desejar nem ao nosso mais fiel inimigo.

que os detalhes são, em regra, aquilo que nos permite perceber, antecipar, intuir. em geral, claro está.. não vou agora entrar em detalhes ;-).

1 Comments:

Blogger un dress said...

a.prender na tua partilha...



:) obrigada!!

quarta-feira, dezembro 26, 2007 7:27:00 da tarde  

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