28 dezembro 2008

(ao jorge, ao daniel)


conduzes pelas estradas do alentejo,
a cidade mágica para trás,
a teu lado o companheiro de sempre,
ângulo generoso e terceiro
dessa figura geométrica que a amizade
pode, em dias largos, ser.

o teu amigo fez quarenta anos,
o que, feitas as contas por alto,
dá a esse nobre triângulo a três
uns trinta anitos - sobressalto.

o tempo passa, sempre o soubeste,
mas era mais, como dizer, em abstracto.
ver os quarenta anos de um amigo
faz de matéria vaga matéria de facto.

que fazes dos teus dias, rapaz?
que segredos deixarás aos vindouros?
o zénite está já a teus pés, foge-te,
as horas escasseiam, faltam, doem-te.
estes teriam sido os anos de ouro,
fosses tu outro. ou mais tu - mas mais capaz.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A cada ano que passa, se acrescentam mais umas décimas a esta conta, e mais umas estórias!

Reservo as estórias até serem história.
São como segredos, que serão entretém da velhice destes três estarolas, património dos seus filhos em netos.

A conta: durante 83% da minha vida soube que, por muito perto havia mais que um irmão, mais irmão que os de sangue.
Ainda hoje, orgulho-me de dizê-lo: há dois irmãos de alma!

Fui muitas vezes o menos presente e seguramente o menos capaz.

Mas fui sempre eu!

E apesar de algumas vezes juizes ou julgados - prerrogativa, direito, apanágio dos amigos - nunca nenhum foi condenado - algo só ao alcance dos verdadeiros, autênticos, leais amigos!

Ia dizer obrigado, mas estas coisas não se agradecem - vivem-se!

dois grandes abraços

segunda-feira, dezembro 29, 2008 12:32:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

can you email me: mcbratz-girl@hotmail.co.uk, i have some question wanna ask you.thanks

sábado, janeiro 03, 2009 10:02:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

On this point, I feel you should be described in greater detail, I think it is that we need!

terça-feira, janeiro 06, 2009 12:23:00 da manhã  

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