06 fevereiro 2009

'porque há o mundo, de que a guerra, a miséria, a fome, a doença fazem parte. e há o imundo.'


nunca me esqueci desta frase, proferida mais ou menos assim por um historiador de renome, cujo nome não recordo.

dedico-a àquele senhor alemão, e sim é importante dizer assim: a-l-e-m-ã-o, que ontem trocou comigo um olhar. eu a vê-lo, ali numa página de jornal; e ele, algures, a ver-me a mim.

churchill, um dos meus poucos heróis, diz hoje, noutra página de jornal, que 'a grandeza de um homem pode medir-se pelas coisas que o fazem sentir raiva'. não é uma frase bonita, mas como eu a entendo, como a entendo..

eu sei: 'viver docemente', 'projectar a doçura'.

mas, muito de vez em quando, fará mal gritar: 'de ti, em memória das atrocidades que cometeste e que eu não esqueço, faço questão de te tratar como excepção!'?

eu acho que não.

e neste 'não'.. a prova cabal do muito caminho que tenho ainda para andar; a prova provada dos cães acesos que ainda vivem em mim.