27 fevereiro 2012

repara: este imenso adeus, como nos livros de chandler, tem em si uma coisa bonita e generosa: aqui e ali, ali e aqui, deixo-te um conjunto de palavras incendiárias, e incendiadas: uma herança afectiva, preciosa, para que, também tu que me lês, possas retirar do deserto alheio o seu sumo mais sagrado: repara neste imenso adeus, com olhos humildes: só assim poderás aprender com a dor e a glória alheia, mais do que fruir da palavra pela palavra - o que seria porventura prazeiroso, mas estéril: glória e eternidade ao amor, pelos séculos dos séculos? então: tens que aprender, como eu tive que aprender, the harder it takes, the better it gets, my dear reader: código de aprendizagem do amor do século XXI, mas não o amor em si: esse, é como a chuva que aquece, o frio que queima, a palavra que se sente: repara, um milagre, repara: outra coisa não é o amor. vai-te a ele. vai-te agora. vai.