31 março 2012


ardemos num incêndio de esperança, para que reste de nós uma lembrança, um fumo que sobe e não se apaga. tudo é memória: um fumo leve, em mil visagens animadas; ou denso, em formas inertes e sombrias; e, ao longe, a grande fogueira invisível que os demónios e os anjos alimentam. 
vivo, porque espero. lembro-me, logo existo.


teixeira de pascoaes, in 'o pobre tolo'